CERCA de quatro mil combatentes
participam hoje na cidade de Lichinga, no Niassa, nas cerimónias centrais do 7
de Setembro, Dia da Vitória, cujo acto será dirigido pelo Chefe do Estado,
Filipe Nyusi.
O
evento, que estarão ainda milhares de pessoas, entre convidadas e residentes
locais, será marcado pela realização do Festival do Combatente, uma festa
cultural que tem como participantes os veteranos da luta de libertação
nacional, combatentes da defesa da soberania e da democracia.
A
comissão organizadora assegura que todas as condições foram criadas para o
sucesso desta festa, tendo ontem sido ultimados trabalhos de remoção de capim e
nivelamento do terreno do campo de Atletismo de Chiuaula, que vai acolher o
desfile de 4200 combatentes.
Trabalhos
similares aconteceram no campo da Universidade Pedagógica, que deverá acolher o
almoço de confraternização e diversas actividades culturais e recreativas e
terão como protagonistas os próprios combatentes em clara demonstração e
exaltação dos valores culturais locais da moçambicanidade, paz e unidade
nacional.
De
acordo com o director provincial dos Combatentes, João Hilário Ambrósio, os
trabalhos em curso contam com o envolvimento de toda a população que está a
apoiar na remoção de resíduos sólidos nas vias de acesso aos locais que irão
acolher o evento, permitindo ao conselho municipal local ocupar-se do
nivelamento dos terrenos, montagem das estruturas para elevação de tanques de
água, sanitários públicos e demais infra-estruturas e materiais que a cerimónia
demanda.
João
Ambrósio assinalou ainda o envolvimento do empresariado local que tem estado a
colaborar com a comissão organizadora no fornecimento de bens e prestação de
serviços diversos de modo a garantir que as festividades decoram sem
sobressaltos.
De
acordo com o programa, o evento irá compreender três momentos principais,
designadamente a deposição de uma coroa de flores na Praça dos Heróis pelo
Chefe do Estado, seguindo-se o ponto mais alto das festividades com a
realização de um comício popular, desfile dos combatentes entoando cânticos
revolucionários, actividades culturais e recreativas, e por fim o almoço de
confraternização no Campo da Universidade Pedagógica.
Este
desfile tem como objectivo juntar os diversos extractos sociais do Combatentes
num único espaço com o propósito de transmitir à sociedade moçambicana, em
geral, e as novas gerações, em particular, o significado histórico do dia 7 de
Setembro, promover os valores da paz, unidade nacional e patriotismo.
Foi
exactamente a 7 de Setembro de 1974 em Lusaka, na Zâmbia, que as delegações do
Estado português e da Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO) rubricaram o
acordo que veio a pôr termo à luta pela auto-determinação do povo moçambicano,
que se arrastava há 10 anos. Com este acto, o Estado português reconhecia o
direito do povo moçambicano à independência, que viria a ser proclamada a 25 de
Junho de 1975 pelo saudoso Presidente Samora Moisés Machel.
Refira-se
que esta é a quarta vez que o dia 7 de Setembro é celebrado com este figurino
depois das províncias de Cabo Delgado, em 2014 e 2016, e Tete, em 2015, terem
acolhido as cerimónias centrais, onde participaram cerca de 13 mil combatentes,
entre veteranos da luta de libertação nacional, combatentes da defesa da
soberania e da democracia e com deficiência.
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