A PROCURADORIA-GERAL da
República (PGR) do Brasil deduziu terça-feira acusação contra a ex-Presidente
Dilma Rousseff e o seu antecessor, Lula da Silva, entre outros políticos
ligados ao Partido dos Trabalhadores (PT), noticiou o jornal “Folha de São
Paulo” na sua página na Internet.
Dilma
Rousseff e Lula da Silva são acusados de participar em organização criminosa e
de desvio de fundos da petrolífera brasileira, Petrobrás, no âmbito da operação
Lava Jato.
O
procurador-geral, Rodrigo Janot, acusou ainda os ex-ministros da Fazenda
(Finança) Antonoi Palocci e Guida Mantega; a presidente do PT, a senadora
Gleisi Hoffmann e o marido; o ex-ministro das Comunicações Paulo Bernardo e os
ex-tesoureiros do PT João Vaccari e Edinho Silva.
“Pelo
menos desde meados de 2002 até 12 de Maio de 2016, os denunciados integraram e
estruturaram uma organização criminosa com actuação durante período em que Lula
e Dilma Rousseff sucessivamente titularizaram a Presidência da República, para
o cometimento de uma miríade de delitos, em especial contra a administração
pública em geral”, escreveu Rodrigo Janot, de acordo com a Folha.
“SEM FUNDAMENTO”
Lula
e Dilma afirmaram, entretanto, que a acusação da Procuradoria-Geral não tem
fundamento.
Em
comunicado, a assessoria de imprensa de Lula da Silva considerou que o pedido
de abertura de processo como uma acção política.
“É
o auge da campanha de perseguição contra o antigo Presidente Lula (…) anunciada
hoje (terça-feira) para tentar criar um facto negativo no dia em que Lula da
Silva conclui a sua vitoriosa jornada pelo Nordeste”, acrescentou a nota.
Lula
da Silva encerrou na terça-feira um périplo de 20 dias pela região do Nordeste
do Brasil, a mais pobre do país, em que pretendeu restabelecer a proximidade
com a sua principal base eleitoral antes de se lançar oficialmente na campanha
presidencial para as eleições de 2018.
Já
a assessoria de comunicação de Dilma Rousseff destacou, também através de um
comunicado, que as acusações da PGR foram formuladas sem apresentar provas ou
indícios da materialidade de crime.
A
ex-Presidente brasileira completou o comunicado destacando que caberá ao
Supremo Tribunal Federal garantir o amplo direito de defesa e reparar a
verdade, rejeitando a acusação. – LUSA
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